Hyundai e Whitney Museum inauguram Hyundai Terrace Comision, por Torkwase Dyson
A Hyundai Motor Company e o Whitney Museum of American Art anunciaram a abertura da edição inaugural da Hyundai Terrace Commision, intitulada de “Hyundai Terrace Commission: Torkwase Dyson: Liquid Shadows, Solid Dreams (A Monastic Playground)”. Esta exposição inovadora estará em exibição no amplo terraço do quinto andar do Whitney, até ao início de 2025, como parte da Whitney Biennial 2024.
A revelação do novo trabalho de Torkwase Dyson para a Hyundai Terrace Commission marca o início de uma parceria de 10 anos entre a Hyundai e o Whitney, anunciada no início deste ano.
Dyson apresenta uma exposição que se destina a ser ativada pelos visitantes. Descrita por Dyson como um “recreio monástico”, a Hyundai Terrace Commission: Torkwase Dyson: Liquid Shadows, Solid Dreams (A Monastic Playground) convida os visitantes a tocar, sentar-se, e experimentar toda a exposição de uma forma tátil. Estas ações conectam-se com a convicção de Dyson de que a libertação pode ser encontrada em todos os registos de movimento: “a liberdade é uma questão espacial contínua de movimento e imaginação”.
Dyson compõe geometrias à escala arquitetónica, utilizando a luz e o espaço como blocos de construção. Em conjunto, os arcos monumentais, os gestos implícitos, e a luz natural em redor, articulam formas abstratas que variam ao longo do dia e da noite. Para Dyson, o cruzamento entre abstração e escuridão é uma questão filosófica central que surgiu de um interesse em infraestruturas públicas. As relações entre a ecologia, o pertence, e a história pessoal, ganham um novo significado com a vista do terraço para o rio Hudson e com a localização do museu, situado numas das zonas de inundação mais vulneráveis da cidade de Nova Iorque, na West Side Highway e perto da margem do rio.
“Estamos muito satisfeitos por ter a oportunidade única de realizar a Hyundai Terrace Commision”, afirmaram as co-curadoras da Whitney Biennial 2024, Chrissie Iles e Meg Onli. “Torkwase criou pinturas esculturais arquitetónicas que retratam a paisagem urbana em torno do Whitney, o rio, e o terraço, como um espaço para os visitantes descansarem, passarem tempo, e refletirem. Os visitantes podem olhar para o céu e para os terraços acima, bem como para a cidade, numa experiência expansiva de espaço, volume, escala, e forma, que aponta para novas possibilidades na maneira como experienciamos o mundo.”
“Ao ultrapassar os limites da forma, o trabalho de Torkwase Dyson explora a nossa relação com o ambiente”, afirmou DooEun Choi, Diretor de Arte da Hyundai Motor Company. “Estamos entusiasmados por ver como é que a exposição de Dyson para a Hyundai Terrace Commission inspira o público a envolver-se com a obra e com o ambiente em redor, para além do terraço”.
A primeira edição da Hyundai Terrace Commission está a ser lançada em conformidade com a Whitney Biennial 2024: Even Better Than the Real Thing, que estará aberta ao público de 20 de março a 11 de agosto de 2024. A Biennial 2024 é uma exposição temática focada nas ideias do “real”. A exposição tem como objetivo reconhecer que, atualmente, a sociedade está num ponto de inflexão, em parte provocado pela inteligência artificial – que desafia tudo o que consideramos real –, bem como por discussões críticas sobre a identidade. Muitos dos artistas que apresentam trabalhos exploram a fluidez da identidade e da forma, a gestão histórica e atual da terra, e os conceitos de incorporação, entre outros conceitos urgentes. Mais informações sobre a Whitney Biennial aqui.
Sobre Torkwase Dyson
Torkwase Dyson (nascida em 1973, em Chicago) descreve-se como uma pintora que trabalha com vários meios para explorar a continuidade entre a ecologia, a infraestrutura, e a arquitetura. As obras abstratas de Dyson são sistemas visuais e materiais utilizados para construir fusões de tensão superficial, de movimento, de escala, e de espaço real e finito. Com ênfase na maneira como os corpos negros e castanhos percecionam e negoceiam o espaço como informação, Dyson olha para estratégias de libertação espacial provenientes de perspetivas históricas e contemporâneas, para descobrir um novo entendimento do potencial para geografias mais habitáveis. Dyson constrói as pinturas lentamente, acumulando lavagens, construindo a superfície, e configurando elementos geométricos minimalistas que conferem uma tensão produtiva entre imagem e objeto. O manuseamento da tinta, que produz várias qualidades visuais utilizando pinceladas e outras ferramentas, torna-se poético através de uma justaposição de marcas delicadas e linhas diagramáticas pontuadas. Este rigor compositivo confere às obras uma presença arquitetónica e uma gravidade ótica. Dyson considera as relações espaciais uma questão urgente, tanto historicamente como na atualidade. Através de pinturas abstratas, Dyson debate se com a forma como o espaço é percecionado e negociado. As explorações de como o corpo se unifica, equilibra e se organiza para se deslocar através de ambientes naturais e construídos, tornam-se estruturas expressivas e discursivas no âmbito do trabalho.