Hyundai e Tate Modern apresentam quarta edição da Comissão Hyundai com exposição de Tania Bruguera

Tate Modern e Hyundai

 

  • O compromisso da Hyundai em partilhar experiências inspiradoras e criativas, com pessoas de todo o mundo, continua;
  • Hyundai e Tate Modern anunciaram a inauguração da quarta edição da Comissão Hyundai anual, com a exposição da artista cubana Tania Bruguera.

 

A Hyundai e o Tate Modern anunciaram a quarta edição da Comissão Hyundai anual, este ano criada por Tania Bruguera. A Comissão Hyundai convidou artistas internacionais a criar obras específicas para o icónico Turbine Hall da Tate Modern. Este convite é o resultado da incomparável parceria de 11 anos entre o museu e a Hyundai – o compromisso mais duradouro da história da Tate Modern.

A aclamada artista e ativista cubana, Tania Bruguera, apresentou uma transformação multissensorial do Turbine Hall. Como resposta à crise dos migrantes, Bruguera elaborou uma série de intervenções centradas na relação entre vizinhos e na importância da interação local. Os visitantes são convidados a participar em atos simbólicos, desde a revelação de uma imagem oculta por baixo de piso termossensível, até à reação de choro provocada pela ação de um composto orgânico. Além disso, Bruguera trabalhou com os vizinhos do Tate Modern, para conseguir ter uma influência direta através de alterações institucionais, que passam por mudar o nome de parte do museu.

O nome da obra representa um número que está constantemente a aumentar: o número de pessoas que migraram no último ano, somado ao número atual de mortes de migrantes registadas este ano. Este título numérico demonstra a dimensão da migração em massa e os riscos a ela associados. Em vez de ser colocado em cartazes ou etiquetas, este número é carimbado diretamente nos pulsos dos visitantes.

Estas estatísticas podem parecer impessoais e avassaladoras, pelo que Bruguera tenta contrabalançá-las concentrando-se nos atos dos indivíduos. A artista juntou 21 pessoas que vivem ou trabalham no mesmo código postal em que o Tate Modern se insere, para explorar a forma como o museu pode aprender com a comunidade local e adaptar-se a ela mesmo após esta exposição. Um dos primeiros gestos do museu foi nomear o seu edifício norte, a Boiler House, em honra da ativista local Natalie Bell, pela sua contribuição positiva para a comunidade do SE1 (código postal do sul de Londres). A nova designação, que estará em vigor durante um ano, reconhece o valor do trabalho comunitário para a sociedade. Esta ideia é explorada mais aprofundadamente num manifesto escrito pelos Vizinhos do Tate, onde é proposta uma cultura de interligação e de compromisso mútuo. O documento é apresentado automaticamente aos visitantes assim que se ligam à rede de Wi-Fi gratuita da galeria.

Outras “perturbações” sub-reptícias vão sendo apresentadas aos visitantes no Turbine Hall. Criados em colaboração com o artista de som e fundador da Hyperdub, Steve Goodman (conhecido como Kode9), os sons de baixa frequência preenchem o espaço com uma energia inquietante e uma sensação de que algo está a mudar. O espaço conta também com um chão aparentemente preto e liso, debaixo do qual está escondida uma imagem gigante escolhida por Natalie Bell. Essa imagem ilustra a cara de um jovem que deixou a Síria em 2011 e que encontrou apoio emocional e prático através da SE1 United, uma instituição de caridade local que Bell ajuda a administrar. Bruguera considera a imagem um “mural horizontal”, sendo tão grande que apenas pode ser visto na sua totalidade de longe, mas que está escondido de modo que apenas é visível por aqueles que lhe conseguem tocar. Os visitantes podem tentar revelar este retrato gigante cooperando com os seus vizinhos no Turbine Hall, tocando no material termossensível no chão, para expor a imagem oculta.

Numa era em que as notícias estão disponíveis 24 horas e apresentam a migração como uma crise sem fim, que não conseguimos controlar, Bruguera quer também destruir as barreiras emocionais para combater a apatia. Enquanto o Turbine Hall oferece um local para explorar o poder da ação coletiva, há uma sala adjacente que apresenta uma experiência muito diferente. Neste espaço, um composto orgânico é libertado para provocar lágrimas e aquilo que a artista descreve como “empatia forçada”: uma reação física com que ela pretende desencadear uma resposta emocional partilhada.

A Hyundai iniciou parcerias com diversas organizações, incluindo o Museu Nacional de Arte Moderna e Contemporânea da Coreia (MMCA) e o Museu de Arte de Los Angeles (LACMA). Esta iniciativa junta organizações que partilham a missão de melhorar o acesso à experiência da arte. Em parceria com museus, a Hyundai convida o público a explorar os valores únicos da arte através de exposições inspiradoras e programas entusiasmantes.

A parceria com a Tate Modern permitiu que artistas internacionais – Abraham Cruzvillegas, Philippe Parreno e o grupo de artistas SUPERFLEX – transformassem o Turbine Hall enquanto parte da Comissão Hyundai.
“Comissão Hyundai: Tania Bruguera” está em exibição desde 2 de outubro de 2018 e vai continuar até 24 de fevereiro de 2019 no Tate Modern. A exposição será supervisionada por Catherine Wood, Curadora Sénior de Arte Internacional (Performance), e Isabella Maidment, Curadora Assistente de Performance. A comissão será complementada pelo novo livro da Tate Publishing.